Listas de enxoval genéricas funcionam?

O que não falta na internet são listas prontas de enxoval e, se você está grávida e é mãe de primeira viagem, com certeza já se deparou com alguma delas. Mas a questão é: são realmente confiáveis? Quem as elabora? Será que podemos nos basear nelas para montar um enxoval com segurança e conforto para você e para o seu bebê?

Neste post, analiso as primeiras listas que apareceram quando pesquisei por “lista pronta de enxoval completa” na internet e comento os itens que realmente fazem a diferença, assim como aqueles que são desnecessários e que as lojas muitas vezes tentam nos empurrar.

Bora começar por uma “lista de enxoval  completa”?

Comecei pela maior lista que encontrei, que parecia não ter fim. O primeiro item era a saída de maternidade. Embora você possa ter uma, ela não é um item obrigatório. Recebo muitas mensagens de mães que vivem em lugares quentes, como Natal ou Recife, e que se sentem pressionadas a comprar conjuntos de tricô com mantas combinando. Calma! A verdade é que você não precisa disso. Hoje, há lindas opções de macacões de algodão, leves e frescos, que cumprem muito bem esse papel. Para mim, a primeira roupa que o bebê veste ao nascer é muito mais especial do que a roupa de sair do hospital.

A lista sugeria 6 macacões RN, 6 tamanho P e 4 tamanho M, o que é bastante genérico. Imagine que seu bebê nasceu em março, em Curitiba. Os macacões RN e P serviriam bem até maio, mas ao chegar o inverno (junho, julho e agosto), quatro macacões M seriam insuficientes. Você provavelmente precisaria dobrar essa quantidade. Uma lista genérica como essa pode te deixar na mão dependendo da época e do local de nascimento do bebê.

Para as calças, a lista indicava 6 RN, o que eu  acho demais para esse tamanho, que costumam cair dos recém-nascidos, que muitas vezes são magrinhos, tornando-se pouco confortáveis. Além disso, são peças que se perdem muito rápido. É mais vantajoso investir em mais calças no tamanho P, que serão usadas por mais tempo.

A lista também diminuía a quantidade de bodies nos tamanhos maiores (apenas 4 no tamanho G), o que não faz sentido. O tamanho G (geralmente a partir dos 9 meses) coincide com a fase em que o bebê começa a comer, suja muito mais roupa e, muitas vezes, a mãe volta a trabalhar, necessitando de mais trocas. É um período em que precisamos de mais roupas, e não menos.

Sobre os conjuntos de body e calça, eles podem ser práticos, mas evite comprar apenas conjuntos. Peças muito combinadas, especialmente com estampas, limitam o nosso dia a dia. É melhor priorizar peças neutras e de cores sólidas, como calças e bodies lisos, que podem ser facilmente combinados entre si, oferecendo mais versatilidade.

Um dos itens mais absurdos da lista eram 4 pares de sapatinhos. Bebês não colocam o pé no chão antes dos 10 ou 11 meses, e sapatos são desconfortáveis para eles. Se surgir uma ocasião especial, como um casamento, você pode comprar um sapato no tamanho certo para aquele momento. Uma alternativa muito mais confortável e fofa são as meias que imitam sapatilhas. Elas mantêm o pezinho aquecido sem incomodar.

Itens de higiene: cuidado com o exagero!

A lista sugeria estocar fraldas, lenços umedecidos e cremes para assadura, mas não recomendo comprar grandes quantidades desses itens antes de testar. Seu bebê pode não se adaptar a uma marca específica de fralda ou lenço, ou pode ter uma reação a uma determinada pomada. Imagine gastar quase R$ 300 em pomadas (um tubo de Mustela custa mais de R$ 70) e descobrir que ela não funciona para a pele do seu filho? É um desperdício de dinheiro. Comece com uma unidade de cada e compre mais conforme a necessidade e a adaptação.

Outros itens como shampoo e condicionador são desnecessários no início: um bom sabonete líquido infantil “da cabeça aos pés” é suficiente por muito tempo. E colônia? Simplesmente corte da lista.

Saco de dormir é realmente necessário?

Para quem mora em lugares mais frios, o saco de dormir realmente garante o sono seguro do bebê no inverno. Bebês não devem dormir com cobertores ou mantas soltas no berço devido ao risco de sufocamento. O saco de dormir é a maneira segura de manter seu filho aquecido durante a noite. Ele funciona como uma camada de roupa que não pode ser chutada nem cobrir o rosto da criança.

E a conclusão é que…

…não devemos seguir cegamente o que encontramos na internet! Um enxoval não é apenas sobre comprar itens bonitos, mas sobre garantir a segurança, o conforto e o bem-estar do bebê. Seguir uma lista genérica pode levar a gastos desnecessários e, mais importante, deixar de fora itens cruciais para a segurança do seu filho. Pesquise, entenda as reais necessidades do bebê de acordo com o clima e a estação do ano e foque no que é verdadeiramente funcional e seguro.

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Elisa Langsch